Nos EUA, vagas pecam por falta de qualidade
INAIÊ SANCHEZ
DA REPORTAGEM LOCAL
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de haver alguma melhora nos números de contratações no mercado norte-americano nos últimos meses, não há o que comemorar quando o assunto é a qualidade das vagas, avalia Stephen Roach, economista-chefe do Morgan Stanley. No estudo "A Armadilha da Qualidade de Emprego na América", publicado recentemente, ele avalia que tais condições são sérias o suficiente para ameaçar a recuperação sustentável da economia, já que uma mão-de-obra mal remunerada tem, obviamente, baixo poder de compra.
Ao analisar detalhadamente os números das diferentes indústrias de março a junho de 2004, Roach diz que as principais fontes de emprego foram restaurantes, agências de contratação temporária e serviços de construção. Juntos, eles responderam por 25% do crescimento das contratações no período.
Além disso, a admissão também cresceu em outras indústrias na ponta mais baixa da escala hierárquica, ou seja, em supermercados, lojas de roupas, serviços de lavanderia etc. Este último grupo de indústrias foi responsável por 19% do crescimento das vagas no período. Somando tais segmentos, os empregos de pior qualidade responderam por cerca de 44% das contratações no período de março a junho. Como comparação, as vagas de melhor qualidade foram responsáveis por 29% das admissões nos mesmos quatro meses.
FSP, 01.08.2004
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