2.04.2005

Crescem contratações

IBGE aponta aumento do emprego formal
DA SUCURSAL DO RIO

Embora o total de sub-remunerados tenha aumentado, outros indicadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram o começo de um processo de formalização do mercado de trabalho.
É que cresceram as contratações formais, e o número de empregados por conta própria (geralmente, biscates e camelôs) se estabilizou nos últimos meses.
Segundo a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), o emprego com carteira assinada na seis principais regiões metropolitanas do país subiu 4,2% na comparação de dezembro de 2004 com igual mês de 2003. Foram criados 310,6 mil postos de trabalho formal no período.
Na mesma comparação, o número de trabalhadores por conta própria ficou estatisticamente estável, com redução de apenas 1.180 pessoas nesse contingente, de acordo com o IBGE.
A formalização só não foi maior porque o emprego sem carteira manteve tendência de expansão, ainda que num ritmo menos intenso do que em meses anteriores. A alta foi de 5,5%, com acréscimo de 168,8 mil pessoas.
Segundo Cimar Azeredo Pereira, gerente da PME, o emprego formal voltou a subir em 2004 graças à recuperação da atividade econômica.
Do total de pessoas empregadas em dezembro, 39,5% tinham carteira de trabalho assinada. O percentual é um pouco maior do que os 39,1% de dezembro de 2003. Em 2002, porém, a proporção de trabalhadores formais era mais alta -41,4%.
Já o percentual de trabalhadores sem carteira, por sua vez, também registrou um ligeiro aumento em relação ao total. Subiu de 16,2% em dezembro de 2003 para 16,5% no mesmo mês de 2004. Em 2002, no entanto, o índice era bem menor: 14,5%.
Por outro lado, houve queda na participação relativa dos empregados por conta própria em relação ao total. Tal contingente representava 20,5% do total de empregados em dezembro de 2003. O percentual caiu para 19,8% em igual mês do ano passado. No mesmo período de 2002, o índice era de 19,5%.
(PEDRO SOARES)
FOLHA DE SAO PAULO