Aumento de vagas não eleva rendimento
DA SUCURSAL DO RIO
Os dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) relevam que o rendimento médio do trabalhador cresceu 1,9% em dezembro em relação a igual período de 2003, informou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do quarto mês consecutivo de expansão da renda na comparação com 2003.
Já em relação ao mês imediatamente anterior, a renda manteve um comportamento errático. Registrou queda de 1,8% ante novembro, depois de ter ficado estável (0,1%) em relação a outubro.
Em termos reais, descontada a inflação, o rendimento médio foi de R$ 895,40 em dezembro. Na média do ano, segundo o IBGE, ficou em R$ 907,84, abaixo de 2003 (R$ 914,74) e 2002 (R$ 1.047).
Especialistas dizem que a economia ainda não entrou num ciclo sustentado de expansão capaz de aquecer o mercado de trabalho e promover uma melhora da renda. Por enquanto, a reação está restrita ao aumento do emprego.
Uma outra explicação para o recuo da renda é que setores com salários baixos como o da construção civil lideraram a geração de vagas, diz o IBGE.
Na comparação com novembro, a renda foi puxada para baixo por causa da construção civil. É que o setor paga baixos salários e gerou muitos postos em dezembro, rebaixando a média. Já em relação a dezembro de 2003, o aumento do rendimento ocorreu na esteira de comércio, serviços prestados às empresas e indústria.
Impulsionada pelo aumento das contratações, a massa real de rendimentos subiu 2,3% em 2004, segundo cálculo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), que considerou o percentual "modesto". O indicador é um parâmetro da renda disponível para o consumo.
Para o Iedi, 2004 foi mais um ano desfavorável para a renda. "A despeito do crescimento da economia e da redução do desemprego, não foi possível compensar nem ao menos em parte a grande queda do rendimento real em 2003. Certamente foi o pior resultado econômico do país no ano passado", diz o Iedi em relatório.
Para 2005, porém, especialistas se mostram mais animados. Alex Agostini, da GRC Visão, prevê que a renda deve subir perto de 5%. Claudio Dedecca, da Unicamp, estima que o rendimento aumentará na mesma proporção do PIB -em torno de 4%.
Para Agostini, só a melhora do emprego e a perspectiva de crescimento fazem o rendimento aumentar. É que cresce o poder de barganha do trabalhador, que pode pleitear aumentos maiores. A inflação mais baixa em 2005, diz, também ajudará a renda (PS)
Os dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) relevam que o rendimento médio do trabalhador cresceu 1,9% em dezembro em relação a igual período de 2003, informou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do quarto mês consecutivo de expansão da renda na comparação com 2003.
Já em relação ao mês imediatamente anterior, a renda manteve um comportamento errático. Registrou queda de 1,8% ante novembro, depois de ter ficado estável (0,1%) em relação a outubro.
Em termos reais, descontada a inflação, o rendimento médio foi de R$ 895,40 em dezembro. Na média do ano, segundo o IBGE, ficou em R$ 907,84, abaixo de 2003 (R$ 914,74) e 2002 (R$ 1.047).
Especialistas dizem que a economia ainda não entrou num ciclo sustentado de expansão capaz de aquecer o mercado de trabalho e promover uma melhora da renda. Por enquanto, a reação está restrita ao aumento do emprego.
Uma outra explicação para o recuo da renda é que setores com salários baixos como o da construção civil lideraram a geração de vagas, diz o IBGE.
Na comparação com novembro, a renda foi puxada para baixo por causa da construção civil. É que o setor paga baixos salários e gerou muitos postos em dezembro, rebaixando a média. Já em relação a dezembro de 2003, o aumento do rendimento ocorreu na esteira de comércio, serviços prestados às empresas e indústria.
Impulsionada pelo aumento das contratações, a massa real de rendimentos subiu 2,3% em 2004, segundo cálculo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), que considerou o percentual "modesto". O indicador é um parâmetro da renda disponível para o consumo.
Para o Iedi, 2004 foi mais um ano desfavorável para a renda. "A despeito do crescimento da economia e da redução do desemprego, não foi possível compensar nem ao menos em parte a grande queda do rendimento real em 2003. Certamente foi o pior resultado econômico do país no ano passado", diz o Iedi em relatório.
Para 2005, porém, especialistas se mostram mais animados. Alex Agostini, da GRC Visão, prevê que a renda deve subir perto de 5%. Claudio Dedecca, da Unicamp, estima que o rendimento aumentará na mesma proporção do PIB -em torno de 4%.
Para Agostini, só a melhora do emprego e a perspectiva de crescimento fazem o rendimento aumentar. É que cresce o poder de barganha do trabalhador, que pode pleitear aumentos maiores. A inflação mais baixa em 2005, diz, também ajudará a renda (PS)
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