Setor de serviços ofereceu salários maiores que a indústria na região
DA FOLHA ONLINE
Os salários pagos em 2004 pelo setor de serviços na região metropolitana de São Paulo superaram o rendimento médio da indústria. No ano passado, o salário médio do setor de serviços foi de R$ 1.152, ligeiramente superior aos R$ 1.137 da indústria, segundo pesquisa Seade-Dieese. Foi a primeira vez desde 1985, quando a pesquisa começou a ser feita, que os salários pagos na indústria foram menores que os de serviços.
O economista da Unicamp Claudio Dedecca, especializado em trabalho, disse que o fenômeno já ocorre internacionalmente. "A região de São Paulo é coração das atividades modernas do setor de serviços do país. Em outras grandes cidades, como Nova York, os salários no setor de serviços são altamente elevados."
Essa melhora no rendimento em serviços reflete as transformações ocorridas no setor nos últimos anos. "O setor passou a incorporar atividades especializadas que antes pertenciam à indústria, como serviços de engenharia, financeiras ou de informática", diz o coordenador de pesquisas do Seade, Alexandre Loloian.
Na média, o salário de todos os setores subiu 1,5% em 2004, após seis anos seguidos de queda, passando a corresponder a R$ 1.015. Apesar da alta, trata-se do segundo pior resultado da série, melhor apenas que os salários de 2003. Os salários estavam tão baixos que o rendimento médio de 2004 é 25,4% menor que o de 1999. "A recuperação do salário era esperada, já que a queda de 2003 foi muito forte", diz o diretor de pesquisas do Seade, Sinésio Ferreira.
Para a Fundação Seade-Dieese, as negociações trabalhistas de 2004 influenciaram na recuperação dos salários. "As negociações conseguiram repor a inflação e também obter algum ganho real de salário", afirmou a técnica do Dieese, Patrícia Lino Costa.
Os salários pagos em 2004 pelo setor de serviços na região metropolitana de São Paulo superaram o rendimento médio da indústria. No ano passado, o salário médio do setor de serviços foi de R$ 1.152, ligeiramente superior aos R$ 1.137 da indústria, segundo pesquisa Seade-Dieese. Foi a primeira vez desde 1985, quando a pesquisa começou a ser feita, que os salários pagos na indústria foram menores que os de serviços.
O economista da Unicamp Claudio Dedecca, especializado em trabalho, disse que o fenômeno já ocorre internacionalmente. "A região de São Paulo é coração das atividades modernas do setor de serviços do país. Em outras grandes cidades, como Nova York, os salários no setor de serviços são altamente elevados."
Essa melhora no rendimento em serviços reflete as transformações ocorridas no setor nos últimos anos. "O setor passou a incorporar atividades especializadas que antes pertenciam à indústria, como serviços de engenharia, financeiras ou de informática", diz o coordenador de pesquisas do Seade, Alexandre Loloian.
Na média, o salário de todos os setores subiu 1,5% em 2004, após seis anos seguidos de queda, passando a corresponder a R$ 1.015. Apesar da alta, trata-se do segundo pior resultado da série, melhor apenas que os salários de 2003. Os salários estavam tão baixos que o rendimento médio de 2004 é 25,4% menor que o de 1999. "A recuperação do salário era esperada, já que a queda de 2003 foi muito forte", diz o diretor de pesquisas do Seade, Sinésio Ferreira.
Para a Fundação Seade-Dieese, as negociações trabalhistas de 2004 influenciaram na recuperação dos salários. "As negociações conseguiram repor a inflação e também obter algum ganho real de salário", afirmou a técnica do Dieese, Patrícia Lino Costa.
Metodologia das pesquisas explica diferentes taxas
As diferenças entre os resultados do ano passado apurado nas pesquisas sobre emprego no país se explicam pelas metodologias adotadas.A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mede apenas a taxa de desemprego aberto -ou seja, daqueles que procuraram trabalho nos 30 dias anteriores à entrevista.Já a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) da Fundação Seade-Dieese avalia o desemprego total: aberto, oculto pelo trabalho precário e oculto pelo chamado desalento daquelas pessoas que desistiram de procurar uma ocupação. No caso da pesquisa feita pelo IBGE, o trabalhador considerado "desalentado" sai da PEA e deixa de pertencer à força de trabalho.Por conta desse critério na metodologia, o resultado da taxa de desemprego do ano passado na região metropolitana de São Paulo foi de 18,7% para a Fundação Seade-Dieese e de 12,6% para o IBGE.Considerando apenas os dados do desemprego aberto, os resultados são semelhantes, já que a taxa da PED caiu de 12,8%, em 2003, para 11,6% em 2004.
FOLHA DE SAO PAULO
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