Analfabetos são maiores vítimas de trabalho escravo
Natal, 16 de Janeiro de 2006 - 08:37
Os homens analfabetos são a maioria das vítimas de trabalho escravo no Brasil, segundo informa o assessor da Secretaria de Inspeção do Trabalho, Marcelo Campos. Esses homens trabalham, principalmente, no desmatamento e na preparação de florestas e solos para o plantio de sementes, de capim, além da criação de gado. No ano passado, o Pará foi o estado com o maior número de trabalhadores libertos, 1.128 ao todo, pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego.Campos diz que, freqüentemente, há confusão sobre as definições de trabalho escravo e regime degradante de trabalho. "Trabalho escravo é quando o trabalhador está impedido de romper com o trabalho. Não é possível a ele dizer, para quem o está explorando, que no dia seguinte não volta a trabalhar. Se disser, vai receber surras ou até ter a sua vida em risco", informa. No trabalho degradante, segundo o assessor, a pessoa pode romper o contrato. "A pessoa tem a supressão de todo seu direito trabalhista, como no caso do trabalho escravo, mas efetivamente, se ela quiser, não precisa voltar a trabalhar no dia seguinte", explica.
Publicado no DNOnline
Fonte: ABr
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