Fiesp vai rever pesquisa de emprego
Nova direção da entidade diz ter dúvidas sobre precisão dos dados coletados
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Na segunda divulgação dos dados de nível de emprego da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) após a posse do novo presidente, Paulo Skaf, o novo departamento de economia da entidade colocou em dúvida a qualidade da pesquisa, realizada pela entidade com a atual metodologia há cerca de dez anos.
O atual diretor de pesquisas e estudos econômicos da entidade, Paulo Francini, afirmou que existem dúvidas sobre "a amostra, o universo e a coleta" dos dados do levantamento, que indica quantas vagas foram geradas no Estado.
"Não nos sentimos confiantes. Estamos cheios de dúvidas", afirmou Francini, que informou que a divulgação da pesquisa será suspensa até março para uma reavaliação metodológica. Questionado se havia desconfiança a respeito dos números que foram divulgados ontem, o diretor confirmou: "Sim, temos".
Francini declarou, entretanto, não estar criticando a diretoria anterior. "Apenas é necessário um novo diagnóstico".
Os dados são coletados pela Fiesp em 47 sindicatos no Estado de São Paulo. A crítica que se faz a esses números é que a base de dados usada como referência para a realização da pesquisa, a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho, é muito antiga, de 1994.
De lá para cá, alguns sindicatos que fornecem informações para a realização do levantamento ganharam mais peso na geração de empregos, e outros perderam.
De acordo com Claudio Vaz, presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e antigo diretor do departamento de pesquisas da Fiesp, que costumava anunciar os dados de nível de emprego, durante a divulgação dos números era feita a ressalva de que estavam sob revisão e havia necessidade de atualização da metodologia. Segundo ele, por ter sido elaborada há muito tempo, a pesquisa dá peso exagerado à região metropolitana.
O Ciesp também divulga na segunda-feira dados sobre nível de emprego em outubro, a partir de informações colhidas com 1.710 empresas. "São dados que essas empresas, instaladas em cerca de 145 municípios do Estado, informam ao Ciesp no último dia de cada mês", explica Vaz. Desde que a presidência das entidades foi ocupada por presidentes diferentes, há duas divulgações de dados de emprego. Os resultados da pesquisa do Ciesp, segundo Vaz, devem ser mais positivos do que os mostrados ontem pela Fiesp, já que captam melhor o desempenho no interior do Estado.
Segundo Francini, com a nova metodologia o peso de cada setor e a amostra serão diferentes, assim como a amostra utilizada. A intenção das duas entidades é unificar os levantamentos.
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Na segunda divulgação dos dados de nível de emprego da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) após a posse do novo presidente, Paulo Skaf, o novo departamento de economia da entidade colocou em dúvida a qualidade da pesquisa, realizada pela entidade com a atual metodologia há cerca de dez anos.
O atual diretor de pesquisas e estudos econômicos da entidade, Paulo Francini, afirmou que existem dúvidas sobre "a amostra, o universo e a coleta" dos dados do levantamento, que indica quantas vagas foram geradas no Estado.
"Não nos sentimos confiantes. Estamos cheios de dúvidas", afirmou Francini, que informou que a divulgação da pesquisa será suspensa até março para uma reavaliação metodológica. Questionado se havia desconfiança a respeito dos números que foram divulgados ontem, o diretor confirmou: "Sim, temos".
Francini declarou, entretanto, não estar criticando a diretoria anterior. "Apenas é necessário um novo diagnóstico".
Os dados são coletados pela Fiesp em 47 sindicatos no Estado de São Paulo. A crítica que se faz a esses números é que a base de dados usada como referência para a realização da pesquisa, a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho, é muito antiga, de 1994.
De lá para cá, alguns sindicatos que fornecem informações para a realização do levantamento ganharam mais peso na geração de empregos, e outros perderam.
De acordo com Claudio Vaz, presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e antigo diretor do departamento de pesquisas da Fiesp, que costumava anunciar os dados de nível de emprego, durante a divulgação dos números era feita a ressalva de que estavam sob revisão e havia necessidade de atualização da metodologia. Segundo ele, por ter sido elaborada há muito tempo, a pesquisa dá peso exagerado à região metropolitana.
O Ciesp também divulga na segunda-feira dados sobre nível de emprego em outubro, a partir de informações colhidas com 1.710 empresas. "São dados que essas empresas, instaladas em cerca de 145 municípios do Estado, informam ao Ciesp no último dia de cada mês", explica Vaz. Desde que a presidência das entidades foi ocupada por presidentes diferentes, há duas divulgações de dados de emprego. Os resultados da pesquisa do Ciesp, segundo Vaz, devem ser mais positivos do que os mostrados ontem pela Fiesp, já que captam melhor o desempenho no interior do Estado.
Segundo Francini, com a nova metodologia o peso de cada setor e a amostra serão diferentes, assim como a amostra utilizada. A intenção das duas entidades é unificar os levantamentos.
Folha de São Paulo
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