3.09.2005

Contra cortes, sindicato deve parar fábricas

DA REPORTAGEM LOCAL

Em reação à demissão de mais de 2.000 metalúrgicos do setor de máquinas agrícolas, CUT e Força Sindical vão parar fábricas do setor e prometem um calendário de manifestações a partir deste mês. As duas centrais devem definir um dia nacional de paralisação.
"Os cortes já representam 5% do que o setor emprega no país [44 mil]", diz Eleno José Bezerra, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. As demissões ocorreram no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina, em empresas como CNH (marcas Case e New Holland), AGCO (Massey Ferguson) e John Deere. A Valtra, que produz tratores em Mogi das Cruzes, negociou banco de horas e férias para evitar dispensas.
"As empresas se beneficiaram desde 1999 de financiamentos com juros generosos subsidiados pelo BNDES. No primeiro sinal de crise, demitem? Vamos discutir ações para defender os empregos", diz Carlos Grana, presidente da CNM (confederação dos metalúrgicos) da CUT. (CR)
FOLHA DE SAO PAULO