2.16.2005

AL tem maior queda no desemprego

Estudo da OMT mostra que taxa na região ficou em 8,6% em 2004

DA REDAÇÃO

A região da América Latina e Caribe foi a que teve maior redução em pontos percentuais da taxa de desemprego em 2004 ante o ano anterior, segundo o estudo Global Employment Trends 2005, da OMT (Organização Mundial do Trabalho).
A taxa na região ficou em 8,6% no ano passado, o que representa uma queda de 0,7 ponto percentual em relação à taxa de 2003.
Queda ainda maior aconteceu na taxa de desemprego dos jovens na América Latina: de 18,8% em 2003 para 17,6% em 2004. A taxa caiu tanto para as mulheres (de 23,1% para 21,7%) quanto para os homens (de 16% para 14,9%).
O estudo destaca, porém, que a economia urbana informal foi a principal geradora de empregos nos anos 90 na América Latina. Nesse período, o emprego informal cresceu 3,9% ao ano, enquanto o formal cresceu a 2,1% ao ano.

Mundo
No mundo, houve queda de 0,2 ponto percentual na taxa de desemprego. Segundo a OMT, é a segunda vez que acontece uma redução na taxa ano sobre ano na última década. Havia cerca de 184,7 milhões de desempregados no mundo no final de 2004, ante 185,2 milhões no final de 2003.
Entre os jovens, o desemprego mundial caiu para 13,1%, ante 13,3% em 2003.
Outro dado positivo é que a taxa que mede a relação entre emprego e população ficou em 61,8% em 2004, uma alta de 0,1 ponto percentual em relação ao ano anterior, depois de três anos seguidos de quedas.
A região que registrou a maior taxa de desemprego em 2004 foi o Oriente Médio e Norte da África, com 11,7%. A menor taxa foi a do Leste da Ásia, que registrou 3,3%.
A taxa de desemprego caiu nas Economias Desenvolvidas e União Européia, Europa Central e Oriental, Sudeste da Ásia e Pacífico, Sul da Ásia e América Latina e Caribe em 2004 quando comparado a 2003. Houve aumento da taxa de desemprego apenas na África Subsaariana; no Oriente Médio e Norte da África e no Leste da Ásia a taxa se manteve.

Pobreza
Segundo a OMT, quase metade dos trabalhadores do mundo, ou 1,38 bilhão de pessoas, têm renda familiar abaixo de US$ 2 por dia.
Nesse número, porém, também houve melhora: os trabalhadores vivendo abaixo da linha de pobreza passaram de 49,7% do total em 2003 para 48,7% em 2004.